terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rastros de Soslaio - Capítulo I

-- Conhecendo a Teia --
Em meados do mês de Junho de 20.. estava embaraçada em um relacionamento que tinha seus dias contados, sem amor, sem graça, a distância. Não havia mais interesse da minha parte, não havia mais motivação, sentia-me presa a um compromisso que não iria a lugar algum, mas, não tinha coragem de por um ponto final, então esperei que ela o fizesse. Em um domingo calmo, com o dia se esvaindo, uma canga estendida na grama, debaixo de um coqueiro, sentindo a brisa fria do mar e fumando um cigarro mentolado, para esquentar as coisas, o telefone toca. Deixei que a chamada caisse na caixa de mensagens, mas a insistência dela foi maior, atendi. Ela descarregou todos os sentimentos sobre mim, culpou-me por todos os erros do mundo e depois disse-me adeus. Não senti nada, nem alívio, nem culpa, só relaxei e fumei um outro cigarro.
Cheguei em casa as 20:22H e encontrava-me só, meu irmão havia viajado. Aproveitei a deixa e fui parar em salas de bate papo na internet. Não é comum ver-me nesses "chats", mas, em um dia sem nada para fazer, um domingo a noite, fazia-se necessário brincar de imaginar pessoas.
Conversei com várias delas, algumas caras batitas, outras novas e eis que ela apareceu. Teclamos no "chat" até a madrugada, não resistimos, a conversa era boa demais, havia entrosamento, uma inteligência afrodisíaca, algo que não era necessário denominar. Trocamos telefone, não havia necessidade urgente em ver rostos, as vozes queriam ser ouvidas. A conversa fluiu de uma forma incrivel, não vi o tempo passar.
Ela contou-me sobre uma viagem boa, a uma cidade fria, contou-me que havia chegado de viagem nesse mesmo dia e que no seguinte iria viajar para ver os pais que moram no interior. Falou-me sobre a profissão que exercia, odontóloga, falou-me sobre os trabalhos na capital e interior, contou-me também a respeito de sua recente solteirice e ainda sobre festas, baladas, amigos e amores. Letícia, esse era o nome dela (pelo menos, disse que era).

Rastros de Soslaio

Estou tão desabituada a escrever que quase não sei por onde começar, mas este post será um breve relato sobre as minhas p´roximas publicações. Apaixonei-me certa feita (e continuo perdidamente apaixonada)por literatura policial, mas não qualquer uma, só os melhoes, Poe, Conan Doyle, Edgar Wallace, etc. Desenvolvi uma particular percepção sobre fatos e um faro incrível para mistérios e mentiras. Coincidentemente, na minha vida, aperece sempre alguém querendo passar-se por quem não é, mas, dessa feita, acho que estou na teia de uma viúva negra prestes a devorar-me. Não! Não, é alasmismo,são os fatos que fazem-me pensar assim. Começo hoje a história, a narrar os fatos e como tudo aconteceu e o que está para acontecer, estamos começando agora a novela que se chamará "Rastros de Soslaio". Espero que apreciem e comentem!